terça-feira, 22 de maio de 2012

Toronto - 14 e 15 de fevereiro de 2012

Dia 14 de fevereiro de 2012, nosso penúltimo dia no Canadá. Como, de acordo com o planejado, já tínhamos feitos todos os passeios que estavam programados, deixamos esse dia para rever algo ou ver alguma coisa que não tínhamos visto. O dia amanheceu fechado, garoando e com muito frio, tomamos o nosso café na Starbuck's e voltamos para a região de Chinatown, a Ana Paula não tinha acreditado ainda que a Chinatown de Toronto era tão diferente das outras, então quis voltar. 

quarta-feira, 7 de março de 2012

Toronto - 13 de fevereiro de 2012 - CN Tower e Ward Island

O dia 13 de fevereiro de 2012 confirmou duas coisas: que um pouco de planejamento faz bem e que o Homem Lá De Cima sempre está olhando pela gente. Pelo nosso planejamento, precisaríamos de dois dias de tempo bom, para que as visitas a Niagara Falls, CN Tower e Toronto Islands fossem minimamente prazerosas e proveitosas. E não é que nos dias que reservamos para esses passeios os dias estavam absolutamente lindos (e olha que durante o final de semana - 11 e 12 de fevereiro - nevou muito e o tempo estava horrível).


Pois bem, com o dia excepcionalmente bonito (mas gelado) lá fora, colocamos nossas várias camadas de roupa e fomos tomar um bom café da manhã. Por volta de 10am estávamos caminhando pelas ruas da região da Union Station em direção à CN Tower. Nossa intenção era conhecer os três pisos possíveis de serem visitados pelos turistas - o Look Out Level, no mesmo pavimento do 360 Restaurant, o Glass Floor/Outdoor Terrace e o Sky Pod - mas conseguimos visitar apenas os dois mais baixos, já que, naquele dia e horário, não havia visitas ao Sky Pod, o pavimento mais alto a ser visitado por turistas.


Eleita, em 1995, uma das Maravilhas do Mundo Moderno, pela American Society of Civil Engineers, a CN Tower teve sua construção terminada em 02 de abril de 1975 e foi aberta ao público em 26 de junho de 1976. É, ainda, a mais alta estrutura erguida pelo homem, com 553,33m de altura. O pavimento de observação mais alto, o Sky Pod, está a 447m, o Look Out está a 346m e o Glass Floor/Outdoor Terrace está a 342 m acima do solo.


Os números na CN Tower são realmente superlativos e impressionam. As técnicas de edificação utilizadas foram tão precisas que a diferença sua diferença de prumo é de apenas 2,79cm (não esqueçam que ela tem 553,33m), o que permitiu a instalação de uma das mais longas e contínuas viagem de elevador, ligando o solo diretamente ao Look Out Level, viajando a uma velocidade de 22 km/h e levando apenas 58 segundos para completar o percurso de 346 metros. Em uma dia claro a visibilidade pode alcançar 160 km, sendo possível, com o auxílio de binóculos, enxergar Niagara Falls e além da fronteira com os Estados Unidos.


Embora não tenhamos conseguido visitar o Sky Pod, a vista maravilhosa que pudemos ter do Look Out Level e a emoção do Glass Floor compensaram o preço salgado de CAD$ 27 por pessoa para fazer o passeio. Para quem gosta de vistas deslumbrantes é um passeio que ocupa, pelo menos, duas horas de observação e contemplação. Vale muito a pena e recomendamos. Além disso, para quem for a partir do segundo semestre de 2013, estará funcionando, aos pés da torre, o Toronto Ripley's Aquarium, que, prometem, ser um dos maiores da América do Norte, contando, inclusive, com um túnel de 96 metros de comprimento por dentro de uma aquário de tubarões. É esperar para ver (e ir conferir).


Elevador envidraçado da CN Tower

Ana Paula e Ana Carolina aos pés da CN Tower

Paulo aos pés da CN Tower

Ana Paula e Toronto ao fundo - a partir da CN Tower

Ana Carolina com Toronto ao fundo - a partir da CN Tower

Paulo com Toronto e o Lago Ontário ao fundo - a partir da CN Tower

Paulo e Ana Carolina divertindo-se com as fotos sobre o Glass Floor Level

Ana Carolina no Glass Floor - 346 metros abaixo a construção do Toronto Ripley's Aquarium

Pés do Paulo sobre o Glass Floor e 346 metros abaixo as obras do Toronto Ripley's Aquarium

O mais próximo que a Ana Paula teve coragem de chegar do Glass Floor da CN Tower

Saindo da CN Tower, aproveitamos para passar no Air Canada Centre para pegar os ingressos do jogo do Toronto Raptors com o New York Knicks, pela NBA, que iríamos assistir na noite seguinte, demos uma passada pela Union Station e fomos almoçar no Brookfield Place. Embora seja bonita por fora, a Union Station não faz jus à beleza e à organização de Toronto. É uma estação de trem muito maior, mais organizada e mais estruturada do que qualquer uma das que temos por aqui, mas, se comparada a cidades como New York ou Washington, fica devendo, e muito. Merecia uma maior atenção.

Depois do almoço, percorremos o Harbour Front, pelo Waterfront Trail, até o Toronto Islands Ferry Terminal. É um passeio agradável e bonito, principalmente em um dia de tempo bom (embora gelado, como já falei). Durante o período de inverno, só há ferrys para a Ward's Island, onde há um pequeno vilarejo de casas bonitas e agradáveis e ar bucólico. De lá, o acesso a Algonquin Island é fácil e, relativamente, próximo. Já para a Centre Island a caminhada é grande, porém, como lá não há pessoas morando regularmente, os ferrys só passam a operar fora do inverno, quando os parques e atrações voltam a funcionar.

A passagem de ida e volta para Ward's Island custa CAD$ 6 por pessoa e os ferrys são bem pequenos, na verdade, poderíamos dizer que é uma balsa, onde cabem dois veículos de porte pequeno e não mais do que algumas poucas dezenas de pessoas.

Mesmo com o frio e o vento impiedosos, o passeio em Ward's Island foi especialmente agradável. Uma comunidade formada por 262 casas está localizada em Ward's e em Algonquin Islands, sob os termos de leis provinciais especialmente duras no que diz respeito a compra e venda dessas casas. Há uma igreja, uma escola e duas creches nas ilhas, que são car-free, com exceção de alguns carros de serviços (como ônibus escolar, ambulâncias e carros de bombeiros) que tem permissão para rodar pelo local.

Maple Leaf Square ao lado do Air Canada Centre

Ana Paula admirando a bela vista das Toronto Islands a partir do Waterfront Trail

Paulo e Ana Carolina no Harbour Front

Travessia de ferry para Ward's Island

Ana Carolina no ferry para Ward's Island

Uma paradinha para descansar durante a caminhada pelas Toronto Islands

Ponte que liga Ward's Island a Algonquin Island

Na ferrydock de Ward's Island

Lago Ontário congelado em Ward's Island

Até nas Toronto Islands há hidrantes a cada 60m - no Brasil nem a cada 600 m, há cidades inteiras com apenas um ou dois (outras nunca viram um)

Trilhas de Algonquin Island

Praia em Ward's Island - segundo informações, no verão fica repleta de banhistas

Voltando para Toronto depois de um dia maravilhoso


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Toronto - 11 e 12 de fevereiro de 2012

O dia 11 de fevereiro começou com muita neve, pela primeira vez desde que chegamos ao Canadá. Já havíamos pego um pouco de neve, mas não como neste dia. É nessas horas que a gente vê como a neve é muito bonita para fotos, mas um baita problema para quem tem que conviver com ela durante o seu dia-a-dia. Para começar, se não houver serviço público de limpeza das ruas e calçadas a coisa fica preta (ou seria branca?!?!? - desculpem a piadinha óbvia e sem graça, mas não resisti). E não é qualquer tipo de limpeza, são necessários um batalhão de máquinas, pequenas e grandes, para limpar as ruas e calçadas e espalhar toneladas de sal grosso para evitar o congelamento da fina camada de água que se forma e que seria o terror de pedestres e motoristas.

Para nossa sorte, o serviço de meteorologia do Canadá estava funcionando muito bem, pois fizemos nossa programação de visitas baseada na previsão do tempo e não teve erro. Para esse dia com previsão de neve programamos uma visita ao Royal Ontario Museum, um gigantesco museu que, por si só, já vale a visita a Toronto. Há exposições de quase tudo que se possa imaginar, de civilização Maia à evolução dos móveis durante os períodos históricos, passando por vida animal e período jurássico.


Maior museu do Canadá, o ROM, como é conhecido, possui mais de cinco milhões de peças e foi criado em 1912 com a ambiciosa missão de mostrar a civilização humana e o mundo natural. Galerias de arqueologia, ciência, arte e mundo natural exibem coleções importantes de tesouros chineses, sarcófagos de múmias ornamentados e os populares dinossauros. Exposições interativas convidam as crianças a escavar à procura de fósseis e examinar espécies no microscópio.


São cinco andares e dois subsolos gigantescos a serem explorados e é preciso pelo menos um dia inteiro para aproveitar o museu em todo seu esplendor (para que vocês tenham uma ideia, nós chegamos ao museu no horário da abertura - 10am - e somente saímos de lá por volta de 6pm). As entradas para nós três, incluindo a exposição da Civilização Maia (cobrada à parte), custou CAD$ 67 e, para que se aproveite bem a visita, há restaurantes e lanchonetes no interior do museu.


Esse dia foi também nossa primeira experiência com o metrô de Toronto e serviu apenas para confirmar nossa impressão de organização e limpeza dos canadenses. Saindo do museu, tomamos mais uma vez o metrô em direção a Downtown Toronto para aproveitar o final do dia para conhecer a World's Biggest Bookstore. Para quem gosta de livros e fuçar em prateleiras esse é o lugar. Precisaria de pelo menos meio dia para conseguir ver decentemente uma parte da livraria, mas, ainda assim, deu para achar algumas preciosidades com preços bem bacanas.


Terminamos nosso dia comprando alguma coisa na Tim Hortons para comer no quarto do hotel. O dia foi super cansativo e precisávamos de um descanso.

Muita neve para começar bem o dia

Transtornos causados pela neve - muita sujeira e risco de acidentes

Ana Paula e Ana Carolina em frente ao ROM

Ana Carolina e um dos muitos esqueletos jurássicos

Ana Paula e Ana Carolina na tumba de Kitinis

Área dedicada às sociedades orientais

Almoço no ROM para não perder tempo e aproveitar o máximo a visita

Paulo e Ana Carolina com mais um dos representantes do período jurássico

Ambientação de típica vegetação canadense (maple trees)

Na Dundas Square, com o Hard Rock ao fundo


Já o dia 12 de fevereiro não teve nada de especial, como o tempo estava muito feio e fazia um frio danado (em torno de -13ºC, mas com sensação térmica de -18ºC) resolvemos passar o dia conhecendo o Eaton Centre, o principal shopping de Toronto, que leva o nome em homenagem a Timothy Eaton, lenda do varejo canadense - seu catálogo de vendas pelo correio e sua loja de departamentos, a Eaton's, foram uma instituição nacional até 1999, quando faliu. Inaugurado em 1979 e projetado para transformar as degradadas ruas Yonge e Dundas em um lugar mais agradável e seguro para locais e turistas, o complexo abriga mais de 300 lojas, restaurantes e cafés.


Além de esmiuçar cada canto do tal shopping, aproveitamos para almoçar em um restaurante de fast food muito comum na América do Norte, o KFC. Embora tenhamos ido duas vezes aos EUA, ainda não o havíamos experimentado. Bom, resultado: reprovado. Não que a comida seja ruim, não é, inclusive é saborosa,mas à custa de muita gordura. Comer um pedaço de frango até vai, mas a refeição completa é de matar.


Como as meninas ainda estavam cansadas do passeio no museu do dia anterior e eu, psicologicamente, arrasado pelo dia no shopping (acho que correr uma maratona é menos desgastante do que cinco horas em um shopping - mas, o que eu não faço para agradar essas minhas meninas!?) voltamos ao hotel por volta de 4pm para uma descansadinha e depois saímos para comer uma pizza no Mamma's Pizza, rede de pizzarias canadense de ambiente simples, mas aconchegante, e de pizzas deliciosas.


Vista do átrio do Eaton Centre

Entrada noroeste do Eaton Centre, na esquina da Dundas St. com a Yonge St.

Fechando o dia com uma boa pizza na Mamma's Pizza da Yonge St.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Toronto - 10 de fevereiro de 2012

Depois de um dia lindo na quinta-feira, 09 de fevereiro de 2012, a sexta-feira amanheceu com cara de segunda, carrancuda, fria e triste. Mas nada que não fosse resolvido pelo bom-humor e a vontade de conhecer lugares diferentes de quem gosta de viajar e se aventurar por esse mundão.

Pois bem, começamos o dia decidindo onde tomar o café-da-manhã. Nada incomum, milhões de pessoas fazem isso todos os dias na Terra. Pois é, mas ninguém tem as dicas "ultra-quentes" da Ana Paula. No raio de uma quadra do hotel há dois Tim Hortons, um Starbucks e um McDonald's (que também serve café-da-manhã). Até aí tudo bem, seria fácil e estaríamos perto de qualquer um dos escolhidos. Aí é que entrou a Ana Paula. Como ela queria ir até à Chinatown de Toronto, ela deu uma olhada rápida na internet e decretou: Vamos tomar café em um dos três Tim Hortons que tem na King Street em direção a Chinatown. Ok, vamos lá. Surpresa!!! Andamos quase a Chinatown (dois quilômetros do hotel e verdes de fome) e não havia nenhuma Tim Hortons. Resultado: voltamos, pela Queen Street até o Eaton Center (que fica quatro quadras acima do hotel) e tomamos nosso café-da-manhã na Tim Hortons que fica por lá.

Primeiro problema do dia resolvido, voltamos à Chinatown. Impressões: suja, desorganizada e feia. Foi legal para conhecer e poder comparar com o que já conhecemos. Para quem está lendo esse post em busca de informações e para saber se compensa ou não conhecer a Chinatown de Toronto só posso dizer o seguinte, se você tem pouco tempo, nem vá, se tem bastante tempo e quer conhecer para poder saber do que se trata, então vá. Mas a comparação com as Chinatowns de San Francisco e New York é covardia (para falar a verdade, nem há comparação).

Como estava muito frio, mas muito frio mesmo, resolvemos voltar à região central e ir visitar o Hockey Hall of Fame. Aí sim valeu a pena. Além de contribuir para a melhora da sensação térmica, o Hockey Hall of Fame fica localizado em um lugar muito bacana, o Brookfield Place, um conjunto de espaços comerciais e escritórios, divididos em duas torres, a Bay Wellington Tower e a TD Canada Trust Tower, que ocupam um quarteirão inteiro em Downtown Toronto , entre Yonge Street, Bay Street, Wellington Street e Front Street. O complexo possui mais de 242 mil metros quadrados de área e interliga-se, por underground concourses com a Union Station, o PATH e o AirCanada Center.

O Hockey Hall of Fame foi inaugurado em 1943, originalmente em Kingston, Ontario, por James T. Shuterland, que acreditava que a cidade era o berço do hockey no gelo de nossos dias. Em 1958, três anos após a morte de Shuterland, o Hockey Hall of Fame foi transferido para Toronto, no Exhibition Place, até que no dia 18 de junho de 1993 foi inaugurado o atual e definitivo Hockey Hall of Fame.

O Hockey Hall of Fame tem 15 áreas diferentes de exposições, em um espaço de 5.300 metros quadrados. Visitantes podem ver troféus, equipamentos e todo tipo de artigos históricos ligados ao esporte. O ponto principal é o espaço onde está exibido uma cópia da Stanley Cup, o principal troféu da NHL (a verdadeira fica em um cofre de banco).

A grande maioria dos espaços do Hockey Hall of Fame é dedicada à NHL, mas há áreas inteiras dedicadas a ligas internacionais e jogadores de fora da América do Norte, incluindo uma área de 600 metros quadrados dedicados ao hockey internacional, incluindo competições olímpicas e mundiais, e os perfis de todos os países membros da IIHF (a FIFA do hockey, incluindo, vejam só, o Brasil).


Início da Chinatown de Toronto

Visão geral da Chinatown

Na frente de um dos muitos restaurantes do local - além de frio, começou a nevar

No caminho de volta a Downtown Toronto 

University Avenue

Entrada do Spirit of Hockey - loja autorizada do Hockey Hall of Fame

Spirit of Hockey

Entrada do Hockey Hall of Fame

Réplica de um vestiário

Artigos e uniformes históricos em exposição

Brookfiel Place

Depois de nos divertirmos muito no Hockey Hall of Fame, almoçamos no Brookfiel Place, que conta com uma extensa e diversificada praça de alimentação, e fomos caminhar por Distillery District, um distrito histórico localizado a leste de Downtown Toronto e que contém numerosos cafés, restaurantes e pontos comerciais em uma área de aproximadamente 52 mil metros quadrados, distribuídos em mais de 40 edifícios históricos e 10 ruas, na maior coleção de exemplares da arquitetura Victoriana da América do Norte.

O distrito foi definido como sendo um National Historic Site of Canada em 1988 e a maior parte das edificações faziam parte da Gooderham and Worts Distillery (daí o nome). Essa destilaria foi fundada em 1832 e chegou a ser, no final dos anos 1860, a maior destilaria de do mundo, produzindo mais de 7,6 milhões de litros whisky, a maioria para exportação. É um local muito bonito e agradável, porém, a melhor época para visitá-lo é durante a primavera e o verão, quando as ruas ficam repletas de gente, garantindo animação e um colorido especial.

Ponto de locação de bicicletas em Toronto - você paga pelo período de uso e entrega em qualquer um dos pontos existentes na cidade.

Esquilo e hidrante de coluna - nada mais norte-americano

Caminho para o Distillery District

Junção da Wellington Street com a Front Street

Uma das muitas esculturas de rua do Destillery District

Vista do Distillery District - passarela que ligava os muitos prédios da Gooderham and Worts Destillery

Outra vista do Distillery District

Fachadas de arquitetura vitoriana do Distillery District